O Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso (MPT-MT) destinou o montante de R$ 24 mil ao Instituto Federal de Educação Tecnológica (IFMT), Campus de São Vicente (unidade de Campo Verde), para custear o projeto de produção de 1.500 unidades de protetores faciais (Face Shield) para distribuição a profissionais envolvidos no combate à pandemia provocada pelo novo coronavírus em Mato Grosso.
O projeto engloba também a aquisição de mais uma máquina router de corte a laser para o laboratório de produção de Campo Verde, a fim de ampliar a capacidade de fabricação dos protetores faciais e distribuí-los rapidamente, bem como a aquisição de insumos necessários.
Os recursos destinados pelo MPT são oriundos de três inquéritos civis em andamento contra empresas que descumpriram a legislação trabalhista. Outras iniciativas de combate ao coronavírus estão sendo empreendidas em todo o Brasil, com o objetivo de contribuir para a melhoria dos serviços públicos de saúde, considerando o aumento do número de casos de pessoas infectadas e a limitada capacidade hospitalar.
No projeto apresentado pelo IFMT, é relatado que, devido à pandemia do novo coronavírus, alguns equipamentos hospitalares, produtos de higienização e de proteção individual estão em falta no mercado e que, por ser um problema mundial, a capacidade de produção não tem sido suficiente para atender a essa demanda.
“O projeto proposto tenta minimizar a falta do equipamento de proteção individual para proteção facial realizando a impressão deste item pelo método de prototipagem rápida por meio de router laser e impressora 3D. O projeto original de onde baseamos a proposta está em execução na República Tcheca e já forneceu mais de 65 mil protetores faciais para os profissionais de saúde e outras 80 mil já foram solicitadas para esse momento de crise”.
De acordo com a procuradora do Trabalho Louise Monteiro Gagini, a prioridade é fornecer os protetores para as secretarias e unidades públicas de saúde, como hospitais, socorristas e bombeiros. “Espera-se com a execução desse projeto oferecer um equipamento de proteção a mais para os profissionais que estão na frente da batalha contra essa pandemia. Trata-se de projeto regional e possui inegável relevância social, pois irá aumentar a proteção dos profissionais da saúde a agentes patógenos, em especial àqueles que irão tratar diretamente a população acometida por complicações decorrente do novo coronavírus (Covid-19)”, explicou.
O projeto terá três meses de execução. Na primeira fase, em que foram produzidos 850 protetores faciais, o IFMT utilizou recursos próprios e conseguiu distribuir as unidades para a Secretaria Municipal de Saúde de Campo Verde, o Hospital Coração de Jesus de Campo Verde, a Secretaria Municipal de Saúde de Jaciara, a Policlínica de Cuiabá, a UTI Santa Casa de Cuiabá, a Polícia Militar de Campo Verde, o Corpo de Bombeiros de Campo Verde, o Consórcio Regional de Saúde Sul de Mato Grosso (Coress) e o Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde do Estado do Mato Grosso.
Fonte: MPT/MT
